quinta-feira, 27 de maio de 2010

6.5 Os Caminhos da Cultura: a confiança no progresso científico. O interesse pela realidade social na literatura e nas artes.Portugal: o dinamismo cultural do último terço do século.



5.1 A confiança no progresso científico. Avanço das Ciências Exactas e a emergência das Ciências Sociais. A Progressiva generalização do ensino público. Positivismo, benefícios da ciência evolucionismo, medicina...

A crença nas potencialidades libertadoras da ciência dominou o final do século XIX. Influenciados pela revolução industrial muitos homens de ciência e humanistas desenvolveram teorias baseados na esperança de que o pensamento crítico e racional pudesse produzir novas descobertas e explicar dse forma satisfatória os fenómenos sociais.

Além dos avanços em várias ciências como a Química, a Física ou as Ciências da Natureza, surgiu paralelamente a crença  na possibilidade de, mediante a crítica e o raciocínio. Comte fundou uma escola filosófica designada de Positivismo na crença de que só através da ciência seria possível aceder a um conhecimento verdadeiro.

Esta postura veio a dar lugar a perspectivas diferentes das tradicionais no campo das ciências humanas com avanços no campo da História e da análise social com as teorias marxistas de explicação dos fenómenos históricos mas também no surgimento de novas ciências como a Sociologia.

Q1 A partir da leitura dos documentos da pág 160 e 161 explica qual a perspectiva mais generalizada nos finais do século XIX na área das ciências exactas e humans.  
5.2 O interesse pela interesse social na literatura e nas artes - as novas correntes estéticas na viragem do século: Realismo, Impressionismo, Simbolismo, Arte Nova. 

Realismo - reprodução desapaixonada e objectiva dos ambientes sociais, das emoções e comportamentos

Impressionismo - os impresionistas preferiam a pointura ao ar livre, geralmente temas naturias e ambientes exteriores, em que a forma era o resultado de uma peculiar técnica de representação do real pelo trabalho sobre as tintas, as luzes e as cores.

Simbolismo - via introspectiva de análise artística que privilegiava o significado espiritual e profundo das situações desprezando a realidade e procurando pensamentos ocultos e ideias.

Arte Nova - Esta estética "art nouveau" procurou envolver os ambientes numa arte total de grande pendor decorativo. Lutando contra o mau gosto típico da época procurou fundir as diversas técnicas numa harmonia de estética tecnológica e artes decorativas. Influenciados pela estética simbolista e orientalista os artistas abordavam exaustivamente temas vegetais e femininos feito de superfícies ondulantes e entrelaçadas.

Q2 Distingue e caracteriza as diversas tendências artisticas de finais do século XIX.

5.3 Portugal: o dinamismo cultural do último terço do século. 

Influenciados pelas novas correntes culturais europeias vários intelectuais portugueses decidiram romper com o imobilismo e tradicionalismo literário e o estilo literário de escritores como Castilho iniciando uma polémica em tom panfletário que ficou conhecida como Questão Coimbrã. Quental, Teófilo Braga, Eça de Queirós e o chamado grupo do Cenáculo conhecido como Geração de 70 desenvolvem desde então uma série de iniciativas que irão culminar com as Conferências do Casino (Casino Lisbonense no Chiado) onde se irão propor novos rumos para a literatura, encarando-a como forma de transformar o mundo e promover a modernidade e o progresso. Discutiam-se temas como a política, a sociedade, o ensino, a literatura e a religião e tinham em comum a fé na ciência e no progresso.
As conferências foram interrompidas por ordem real e o grupo passou desde a década de 80 a intitular-se de "Vencidos da Vida" referindo-se à impotência e desalento que sentiam pelo imobilismo nacional que não dava saída às suas propostas culturais modernizadoras.

Pintura Naturalista

Desde finais do século XIX alguns artistas portugueses apoiados por bolsas do Estado frequentaram os meios universitários franceses e desenvolveram algumas novas propostas na área da pintura. Silva Porto, Marques de Oliveira e outros desenvolveram propostas de representação da natureza que se inseriam  no Realismo. Trabalho, momentos de lazer em ambiente de ar livre e paisagens naturais tornaram esta tendência a arte oficial do país, apoiada pelo próprio rei D. Carlos e que teve continuidade em pintores como Columbano ou Malhoa mas também João Vaz, António Ramalho, Artur Loureiro, Sousa Pinto, Carlos Reis e  Aurélia de Sousa.







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