terça-feira, 30 de março de 2010

6.4.1 - Portugal, uma sociedade capitalista dependente - Caracterização da Regeneração

O golpe de estado da Regeneração  

Em 1851 iniciou-se um novo período da história do Liberalismo político em Portugal: a Regeneração. Depois de um golpe de estado levado a efeito pelo Duque de Saldanha contra o governo pouco consensual de Costa Cabral, pretendia-se levar o país a um período de paz política e prosperidade económica, harmonizando os interesses das diversas classes: a burguesia e as classes rurais.
Pretendia-se finalmente conciliar os desejos e anseios das populações mais modestas, camponeses e pequena  burguesia com as ambições da alta burguesia.
Segundo Manuel Villaverde Cabral
"Um golpe de Estado para acabar com os golpes de Estado...Quarenta anos de progresso material no decurso dos quais a sociedade se libertará suficientemente da sua estrutura tradicional para ir caindo progressivamente sob a lógica nova das relações de produção capitalistas."

Para esse efeito realizaram-se várias reformas: 
  • revisão da Carta Constitucional, com um Acto Adicional aprovado em 1852 que alargava o sufrágio e estabelecia eleições directas para a Câmara de Deputados. Ver Actos Adicionais à Carta Constitucional
  • promoção do rotativismo democrático com alternância  no poder dos partidos políticos. 
  • promoção de reformas económicas no sentido de promover o desenvolvimento da agricultura e da indústria nascente. 



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