Ao mesmo tempo que no campo político os estados europeus eram governados por monarcas absolutos, a sociedade e a economia eram dominados por estruturas antiquadas e seculares (longa duração - estruturas sociais e económicas) que vigoravam na Europa desde a Idade Média: o antigo regime demográfico.
- Agricultura antiquada e pouco produtiva implicava baixa produtividade e elevada mortalidade na população europeia até ao início do século XVIII. A morte estava no seio das comunidades agrícolas.
- Períodos de elevada mortalidade, as crises demográficas, iniciavam-se com fomes ou epidemias que consigo arrastavam frequentemente outras doenças e um rosário de desgraças. A mortalidade aniquilava entre 10 e 30% da população pondo em causa a sobrevivência das famílias e das comunidades.
- Gradualmente as melhorias nas técnicas de cultivo, das condições de vida nas cidades, do aperfeiçoamente do combate as doenças, das melhorias no saneamento básico, e os benefícios obtidos com a Revolução Industrial, fizeram com que a taxa de mortalidade declinasse, ampliando assim o crescimento natural, melhores condições de vida e mais saúde levando a um aumento de população que se vai acentuar ao longo do século XVIII culminando na Revolução Industrial. (ver Maltusianismo).
Imagem a analisar França século XVIII
Características do Antigo Regime Demográfico:
- Natalidade elevada 40%
- Mortalidade elevada, 35%: pestes, epidemias, fomes, secas, guerras.
- Crises demográficas recorrentes como no séc XVII: quebras de 15 a 20% de população
Crescimento demográfico do século XVIII: novo regime demográfico
- mortalidade?
- natalidade?
- esperança de vida?
Análise da tabela da página 20
Factores que explicam a quebra acentuada e progressiva da mortalidade.
Factores que explicam a quebra acentuada e progressiva da mortalidade.
- inovações na agricultura- melhores técnicas de cultivo, maquinização da agricultura permitem melhor produção.
- avanços na medicina, vacinação permite combater e evitar doenças; maiores cuidados higienico-sanitários; criam-se as primeiras cátedras da obstetrícia que permitem uma melhor qualidade de vida para a mãe como para os seus filhos.
- desenvolvimento dos transportes.
- Clima propicio à actividade agricola o que originou boas colheitas.
- Progressos na indústria porque permitem um desenvolvimento da economia que resulta numa melhor qualidade de vida. mais emprego vai aumentar mais os rendimentos das famílias.
- Uma nova atitude perante a criança. Assiste-se desde meados do século XVIII a uma maior preocupação pelo bem estar da criança e do jovem (J.J. Rousseau, texto livro pág 21). Rousseau destaca o desprezo que até ao século XVIII se tinha pela criança e pelos jovens como uma das razões para a elevada mortalidade que atingia as crianças até então. A nova atitude para com a criança permite a esta uma vida mais longa e deste modo um crescimento populacional muito superior ao anterior apesar do decréscimo da natalidade típico das sociedades industriais europeias.
- O casamento no Antigo Regime. Em termos de percentagem não se pode considerar, segundo P. Guillaume que o número de casamentos fosse superior ao da actualidade e o segundo casamento afectava principalmente os homens tornando a casar geralmente no primeiro ano de viuvez. A duração do casamento era curta geralmente devido à baixa esperança de vida e levava a que os filhos nas famílias numerosas nascessem com pouco tempo de intervalo entre si e num curto espaço de anos, sendo o período de feritlidade das mulheres inferior ao actual, decaindo a partir dos 38 anos. A elevada mortalidade entre as parturientes levava a que os segundos casamentos fossem frequentes e que os filhos no mesmo agregado familiar fossem provenientes de diferentes casamentos.
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